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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Praia no Outono em Portugal

 Em Dezembro, o normal para muitos, seria falar de Natal e de prendas e de receitas para as festas e tal… mas aqui no Sótão da Gina fala-se, finalmente, de praia em Novembro, e diz-se finalmente porque têm sido frequentes as perguntas sobre uma ida da anfitriã à praia não só para almoçar à beira-mar mas sim para banhos, e por isso, devido a pedidos vários, o tema da conversa ser, inevitavelmente, praia no Outono em Portugal.

Num belo domingo de Novembro, mais especificamente no dia 8 de Novembro de 2015 a vossa estimada anfitriã foi até à Foz do Lizandro, uma praia no Distrito de Lisboa, concelho de Mafra, bem pertinho da Ericeira. Como mulher que se prepara antes de sair, consultou as aplicações disponíveis no seu android sobre o tempo, incluindo o que faria na praia em questão, e nem querendo acreditar nas previsões, em três tempos tomou uma decisão simples mas memorável.

Preparada para um dia de praia como se Verão fosse – havaianas (o seu calçado preferido) biquíni, mini-saia de ganga e t-shirt, chapéu de palha (mais para o estilo que outra coisa) óculos de sol + o saco de praia devidamente apetrechado à tiracol, ala que se faz tarde rumo à Foz do Lizandro para um apetecível almoço na esplanada, e possivelmente uma bela tarde de banhos de sol. Mas eis que ao lá chegar dando-se com figuras tão inapropriadamente vestidas para os 23º de temperatura, soltando um sorriso mental, pensou que o dia seria ainda bem mais divertido, do que jamais pensaria ao sair para a praia naquele dia de Novembro.

Praia  no Outono em Portugal

Depois de uma volta inicial pela praia, bebendo daquele cheiro e daquela brisa morna que lhe era tão agradável, sentou-se à mesa da esplanada para um almoço tranquilo, preguiçoso e muito solarengo, divertindo-se com uma autêntica dança de cadeiras e mesa que um casal fazia, por achar - pasme-se - que “fazia muito sol”; sentaram-se dentro do restaurante, depois mudaram-se para a esplanada, e foram movendo mesa e cadeiras para se afastarem do sol, aquele malvado que queimava em Novembro… Às tantas o senhor levantou-se e quando voltou, a senhora já não se encontrava ali porque tinha, ela, mesa e cadeiras, ido para outro local qualquer já longe da sua vista.

A indumentária das pessoas nos restaurantes da praia, nas esplanadas, sentados a ler, a passear e no próprio areal era de rir, rir, e de rir ainda mais; estava quase tudo vestido à Inverno, não à Outono mas sim à Inverno – as botas, as golas altas, os cachecóis, os blusões faziam as delícias de uma alma que tinha tirado o dia não só para  gozar em pleno aquela belíssima praia, como também gozar das vistas cómicas que lhe passavam por todos os lados. Com tanta tecnologia à disposição, nem o próprio sol que lhes entrou pela janela os fez pensar que se calhar, se calhar era melhor mudar de roupa antes de sair…

Salvo os surfistas, e salvo ela própria, havia apenas um casal a usufruir em pleno daquele dia tão maravilhoso, brindado talvez por uma natureza um pouco alterada, quiçá até um pouco doente, mas ainda assim nada menos que fantástica, e que por si só merecia ser vivida na sua plenitude.

No restaurante disseram que a água estava com uma temperatura de 22º e que haviam avistado golfinhos há poucos minutos, fazendo com que o delicioso e preguiçoso almoço se encurtasse e terminasse para pôr à prova tal informação.

Praia  no Outono em Portugal
Quase não querendo acreditar, as temperaturas do ar e da água quase iguais (?!) como uma bailarina, pé-ante-pé dirigindo-se à água numa maré a vazar, num ritmo cadente e bem compassado, entrou na água e agradeceu aos deuses das alterações climáticas pela bênção que foi aquele banho ao envigorar-lhe a alma. Ao olhar à sua volta apercebendo-se que para além dos surfistas, um casal, apenas um casal fazia o mesmo que ela, rapidamente chegou à conclusão da derradeira razão pela qual sempre admirou surfistas; para além da ousadia e coragem que têm para cavalgar qualquer onda em qualquer dia do ano, em qualquer estado de tempo – o seu espírito livre cujo mote é “vive e deixa viver”, era, e é seguramente o mesmo que o seu, e havia ficado provado naquele invulgar dia de praia em Portugal no Outono.

Não deixe de ver a captação de imagens do dia de praia no Outono em Portugal que agreguei no vídeo (abaixo) com música de fundo de Vangelis, intitulada “La Petite Fille de la Mer” e deixe-se embalar porque o Outono não tem de ser cinzento, pelo menos no Sótão da Gina assim pensamos.  


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