sábado, 27 de setembro de 2014

Como Livrar-se de Uma Infestação de Hortelã no Relvado

Há muito que o relvado à volta do Sótão da Gina está infestado com hortelã e chegam a ser bem interessantes as conversas à volta dos prós e contras, ou de como resolver e livrar-se de tal fenómeno; mas antes de seguir directa ao assunto de Como Livrar-se de Uma Infestação de Hortelã no Relvado, aqui vão alguns dos prós ou vantagens em não fazer nada do que o título nos insinua:

1-      Tem sempre à mão um bom punhado de hortelã para fazer chá que lhe fará milagres quando tem uma pequena indisposição de estômago, mas a minha bebida preferida quando não tenho tais maleitas, é a sangria de vinho branco que leva a dita hortelã, um pauzinho de canela e uns quantos pedaços de pêssego.

2-      Caminhar descalça ao pôr-do-sol após uma boa rega no relvado é algo no mínimo delicioso, e se levar o copo de sangria consigo a experiência é ainda melhor, disso asseguro eu que sei o que digo!

Podia enumerar mais vantagens, ou coisas agradáveis tais como por exemplo o cheiro emanado quando se está a cortar a relva, mas creio que a ideia já ficou no ar, e poder avançar para o propósito de escrever algo com este título: Como Livrar-se de Uma Infestação de Hortelã no Relvado, é mais interessante.

Como Livrar-se de Uma Infestação de Hortelã no Relvado
Quem sabe algo sobre relvados e hortelã sabe que é impossível livrar-se da infestação sem arruinar por completo o relvado. Quer substituir o relvado? Sabe o que isso implica?

Então o que fazer? Chamar um especialista?

Chamado o especialista ao local, o mesmo diz-lhe que deve retirar todo o relvado mais não sei quantos centímetros de terra, e colocar nova terra e novo relvado.

Dependendo do tamanho do seu relvado, centenas ou milhares de euros depois e de alguns anos, lá volta a dita da cuja da hortelã a aparecer e sabe porquê? Porque ela tem umas raízes bem profundas, resistentes e bem invasivas. A menos que o especialista lhe tenha aconselhado que depois de retirar os tais centímetros de terra faça um tratamento químico que desaconselho totalmente por contaminar tudo à sua volta, a sua amiga hortelã voltará seguramente e com todo o seu esplendor.

Então o que fazer?

Nada! Não faça nada, viva bem com a espontaneidade da hortelã e faça chá, faça sangria, dance no relvado em cima dela e sei lá mais o quê mas adapte-se a essa realidade.

Como Livrar-se de Uma Infestação de Hortelã no Relvado

O propósito deste artigo sobre Como Livrar-se de Uma Infestação de Hortelã no Relvado aos mais atentos não passou despercebido e chegou-lhes logo a noção de que nada tem a ver com jardinagem e com dicas de como fazer isto ou aquilo com a hortelã, ainda que no Sótão da Gina seja uma realidade.

A capacidade de analisar os prós e contras de algo, e de forma ponderada, prática e saudável adaptar-se à nova realidade, poderá ser a melhor atitude a seguir.


sábado, 20 de setembro de 2014

Somos o Que Comemos?

O Outono aproxima-se a passos acelerados demais para meu gosto, e nem nos dá tempo a saborear os últimos churrascos de Verão. No Sótão começa-se a pensar naquelas refeições dos dias mais frios acompanhados de um bom vinho tinto e boa companhia à lareira, mas ainda falta algum tempo, e por isso dá-se largas, outra vez, à conversa sobre a alimentação saudável questionando-se se a teoria de Hipócrates que deu origem à frase “Somos o Que Comemos” tem hoje em dia algum fundamento importante.

Somos o Que Comemos?
Há mais de 2500 anos, Hipócrates, considerado o pai da medicina, dizia que “Somos o Que Comemos”, e reflectindo sobre os seus estudos e descobertas, dizia que as epidemias de então tais como a malária, papeira, pneumonia e tuberculose relacionavam-se com factores climatéricos, raciais, do meio ambiente onde se vivia e dietéticos.

Mais de 2500 anos depois, e muito apesar de uma generalizada emigração e globalização, a sua teoria está inegavelmente correcta, mas há que acrescentar algo que Hipócrates então desconhecia e que vem alargar a discussão e em alguns casos alguma confusão:

- O factor genético e a mutação do mesmo.

O código genético de cada um de nós dá-nos uma autenticidade única, fazendo com que os alimentos que ingerimos tenham reacções diferentes nos membros de família directa onde o mesmo foi herdar um bocadinho de cada membro mas sempre com alguma nuance diferente, fazendo-o completamente genuíno, ou seja diferente.   

Portanto nos dias de hoje ao dizer-se “somos o que comemos” não se está a ser completamente correcto porque a medicina já “estudou essa lição”, e sabe que o factor genético também tem um papel preponderante no estado de saúde de cada um de nós, predispondo-nos mais ou menos a certas reacções, alergias, sensibilidades, ou até de doenças.

Graças à Medicina Funcional e Integrativa, hoje já se pode olhar para a pessoa como alguém com individualidade própria tratando-o de forma única, mas infelizmente este tipo de medicina ainda não está disponível em todo o mundo. Por exemplo em Portugal há apenas a Dra. Cristina Sales e a sua equipa,  a integrar este tipo de medicina por muitos ainda desconhecida.  

Pela porta da Medicina Funcional e Integrativa entrou a Nutrição Funcional que engloba os conhecimentos das Ciências da Nutrição e Alimentação e enriquece-os com o reconhecimento de que cada indivíduo é único:

1 -  É único no conjunto dos seus genes e na expressão genética que favorece e estimula.
2 - É único na forma como, imunologicamente, tolera ou não tolera os alimentos que habitual e regularmente ingere. Nesta tolerância / intolerância reside, escondido, um factor de modulação da nossa saúde e bem-estar.
3 -É único na inter-relação sinérgica de ritmos biológicos, de trabalho, de lazer, de descanso.

Há anos que abundam as dietas disto e daquilo, cada especialista defende-a como se a sua fosse a melhor. Lembro-me que quando estudei Ciências da Nutrição nos anos 80, o que estava na moda era a Macrobiótica, que no fundo mais não era que um tipo de dieta vegetariana e que nunca me convenceu mesmo depois de terminar o curso e saber de trás para a frente as vantagens e desvantagens da mesma. Perguntarão porquê? – Porque procuro sempre o equilíbrio em tudo e muito mais na alimentação que nos sustenta no dia-a-dia.

Somos o Que Comemos?
Nasci na Europa, em Portugal, fui habituada a uma alimentação baseada no regime mediterrânico que inclui carne, peixe, lacticínios, cereais, legumes e frutas, sempre fui saudável, por que razão mudaria? Pessoalmente não teria razão nenhuma para mudar, mas esta minha razão não serve para todos, precisamente, porque o factor genético tem tanta influência na forma como o nosso organismo reage, resiste ou rejeita certos alimentos.

As dietas continuam a surgir com nomes mais ou menos interessantes, a Paleo por exemplo, talvez a mais recente com o nome mais antigo, consiste num regime baseado nos alimentos ingeridos pelo homem das cavernas ou seja o Paleolítico.

À medida que surge uma nova dieta surge também uma nova onda em que as opiniões divergem quase sempre. Porque a nutrição é não só uma das minhas áreas de formação, mas também de contínuo interesse, procuro manter-me informada ao longo dos anos sobre novos estudos e descobertas e chego à conclusão que nunca se chegará a nenhum consenso objectivo e válido de igual para todos, por isso a minha regra de ouro que é: - nada de excessos,  e na variedade é que está o segredo, sobre a qual já escrevi em Verdades sobre Uma Alimentação Saudável , continuará a ser o melhor conselho ou pelo menos um de bom senso.

Antes de terminar esta conversa, que já vai longa, sobre as afirmações de Hipócrates que “somos o que comemos” e que ainda hoje têm algum fundamento, gostaria de convidar quem me lê e domina o inglês, a ver um vídeo interessantíssimo, em que o Dr. Frank Lipman, Fundador e Director do Eleven Wellness Center, Dr. Mark Wyman - Chairman do Intitute of Functional Medicine e o Dr. Joel Kahn – Cardiologista e autor de Holistic Health Book, onde debatem e divergem sobre o consumo do açúcar, gorduras, glúten, lactose, entre outros, mas  terminam concordando que o importante é “comer os alimentos que Deus nos deu em vez dos que o homem faz”. Podem ver o vídeo aqui, asseguro-vos que são quase 30 minutos que valem a pena.  

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Como Organizar o Seu Tempo

Chegado Setembro, no Sótão da Gina organiza-se melhor o tempo incluindo o das conversas aqui no Sótão, que prometem ser semanais e num dia completamente aleatório porque isto de conversas não há dias específicos para as termos.

Como Organizar o Seu Tempo
Para que o tempo dê para tudo o que nos propomos, surgiu  a conversa de como organizar o seu tempo, mas desengane-se se pensa que vai ler uma lista de como fazê-lo, porque a conversa não está muito para aí virada.

Repare que o próprio tempo está tão desorganizado que se esqueceu que ainda é Verão, e procrastinou de tal forma que está a permitir que o Outono se comece a instalar de mansinho no seu próprio tempo que já é tão escasso.

Como Organizar o Seu Tempo
É precisamente isto que nos pode acontecer quando não sabemos como organizar o nosso tempo – fazemos o que nos pedem, cumprindo como se fossemos robots, e o tempo começa a faltar-nos e a dar conta de nós, em vez de sermos nós a dar-lhe a conta e medida que queremos e quando queremos, ou não somos nós que mandamos nele? Referia-me ao tempo!

Acidentes de percurso podem ocorrer a qualquer um, mesmo àqueles que seguem religiosamente uma agenda, e esses chamados acidentes de percurso alteram de imediato todo o nosso querido e estimado tempo disponível.

- Quem já não chegou ao computador para uma tarefa simples e de repente, ou o PC ou a ligação à internet encrava, e uma hora depois até já nem sabe o que foi lá fazer?

- Quem já não ligou para alguém para fazer uma pergunta simples e após muito cordialmente dizer “boa tarde como está”, a pessoa do outro lado desfia toda uma converseta que uma hora depois já nem se lembra porque fez a chamada?
- Quem já não chegou a casa ao fim do dia de trabalho, levou o cão à rua por um instante antes de ir preparar o jantar e o “malandro” enrola-se numa poça de lama ou num monte de terra e uma hora depois de ter voltado a casa e forçosamente lhe ter dado banho já nem sabe o que preparar para jantar?

Podia continuar enumerando exemplos de muitos acidentes de percurso, e de certa forma fazer quem me lê rir, identificando-se com cada situação, mas para ser sincera não quero de todo contribuir para daqui a uma hora não saber o que estava a fazer!

Podia também fazer a tal lista que normalmente fazem em artigos de revistas, a dar conselhos de como organizar o seu tempo, mas como mencionei já no início desta conversa, não o vou fazer tão simplesmente porque o seu tempo não é igual ao meu, muito embora o de todos seja medido por um relógio que diz que tem 24horas.

O que posso e vou aconselhar é tão simples quanto isto:

Como Organizar o Seu Tempo

- Pode e deve usar uma agenda, seja ela em papel ou digital ou até ambas para tomar nota de tudo que é compromisso incontornável como consultas ou reuniões; todos os restantes compromissos ou tarefas podem ser reajustáveis conforme a forma como lhe decorre o dia, ou seja, conforme a quantidade de acidentes de percurso que lhe poderão aparecer, ou não, pelo caminho.
- Não se perca em tarefas inúteis e não perca o foco do que está a fazer no momento. Aquela coisa do “multitasking”  é um inglesismo muito giro, muito na moda,  igual em português ao multitarefas , mas que por vezes surte inútil porque ao perder o foco, pode ter de voltar atrás e fazer tudo de novo perdendo assim o tal precioso do tempo que tanta falta lhe faz.
- Tente organizar todas as tarefas de forma a ter o mínimo de esforço possível, com inteligência, rapidez e perspicácia, seja nas tarefas de casa seja no trabalho, no fim vai ver que com o tempo mais organizado, lhe sobra tempo para o que quiser.
- Abuse de juntar o útil com o agradável ouvindo música enquanto faz as suas tarefas em casa; vai ver que o tempo a trabalhar até parece passar mais rápido.

Como Organizar o Seu Tempo
- No fim do dia não se permita a enterrar-se no sofá a ver televisão enquanto está no PC, no tablet ou no telemóvel a cuscar o que se passa nas redes sociais. Claro que pode fazer isso na mesma, não está de castigo! Mas por favor a si, dedique um tempo para se desligar de tudo antes de dormir pois é aí que lhe surgirão as grandes ideias de como organizar o seu tempo para que o tempo nunca lhe falte para ter tempo de ser feliz.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Férias Perfeitas

No Sótão da Gina tem-se observado o vaivém de pessoas para as férias de Verão e comenta-se aqui e ali o que serão as férias perfeitas para cada um.

Férias Perfeitas
Se por um lado uns preferem praia, outros optam pelo campo, outros ainda pelos lugares mais exóticos e longínquos. Há quem goste de calma e sossego, há quem goste de grandes multidões, mas entre os gostos bastante diferenciados e a diversificação da oferta o que seriam as férias perfeitas? 

Em 2012, com o patrocínio da cadeia de hotéis Holiday Inn,  o psicólogo Dr. David Lewis da Universidade de Sussex no Reino Unido, conduziu um estudo sobre “The Perfect Holiday”, ou seja “As Férias Perfeitas” e apresentou a sua fórmula sobre a qual não entendo nada,  mas acho no mínimo curioso, senão intrigante como se pode colocar tal questão nesta fórmula matemática ((N(d)μ(d)-40)(r))/(σ(b)((C(d)-μ(d) )N(d)-41/40 c) ) (41c.a)/40^2 -, e concluir o seguinte:

 -   Férias Perfeitas = fazer férias curtas e mais vezes durante o ano.

imagem retirada de fotos google
Férias Perfeitas
O Dr David Lewis concluiu através da sua fórmula onde incluiu o número de dias que podemos usufruir, o custo das férias e factores tais como a ansiedade, stress, cansaço, tédio ou capacidade ou incapacidade de relaxar, que as férias perfeitas devem ser com mais descanso e menos stress, durante apenas três dias e para destinos a não mais de quatro horas de distância.

As investigações do Dr. David Lewis demonstraram que várias pessoas sentem que as férias no exterior podem ser stressantes, e que voltam para casa mais desgastados e cansados do que animados e revigorados, como pretendiam.

Férias Perfeitas
Assim, a conclusão do estudo foi que nas férias tradicionais e longas, as pessoas voltam ao local de trabalho mais cansados e stressados que antes de irem de férias porque para além do stress e cansaço causado pela viagem em si, os excessos de sol, comida e bebida, normalmente cometidos nas férias, acabam por proporcionar exactamente o inverso do que se pretende numas férias perfeitas, que é tão simples como o descanso do corpo; e  em linguagem simples se traduz no “recarregar baterias”.


Seguramente, cada um terá a sua medida certa para as férias perfeitas, seja na praia, no campo, num local simples, exótico ou sofisticado, mas deverá não esquecer que as férias são uma pausa do trabalho para que no regresso esteja completamente renovado e pronto a enfrentar os problemas do quotidiano de forma mais positiva e leve.

Férias Perfeitas


Não descure ou tão pouco despreze, a ideia de ter de ficar em casa porque de facto muitas vezes  nem precisa de sair para ter as férias perfeitas que necessita; se for esse o caso apenas tem que criar a atmosfera e ter a atitude certa para que tal seja possível. Experimente,  invente, e ouse reinventar-se, o resultado pode ser surpreendente!




No Sótão da Gina, as férias perfeitas têm a sua própria fórmula não matemática, e combinam um número pequeno de ingredientes, independentemente do local escolhido:

- mar, campo, natureza  - longe de multidões.
- livro para ler + caderno, lapiseira e caneta para escrever e desenhar.
- MP3 e auscultadores
- máquina fotográfica
- mínimo de roupa possível e chinelas (havaianas)

Férias Perfeitas
Mas há um sonho de férias perfeitas ainda por concretizar: as férias sem relógio – por agora não passa de um sonho que quem sabe um dia não se possa realizar.

E as suas férias perfeitas serão como? 

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Dicas Para Um Bom Churrasco de Verão

Chega o Verão e no Sótão começa-se logo a programar churrascos em noites quentes, em boa companhia e à luz de velas aromáticas (preferencialmente de citronela para afugentar melgas e mosquitos); mas isto de um bom churrasco tem algo que se lhe diga para que corra e saiba bem, para não falar de alguns pequenos truques ou detalhes que tornam a experiência mais fácil, mais agradável e até mais saudável.

Dicas Para Um Bom Churrasco de Verão

Em primeiro lugar, é preciso não esquecer que cozinhar em carvão, apesar de ser algo muito apreciado, não é de todo aconselhável que o faça com demasiada frequência, e exige alguns cuidados acrescidos, visto que, na libertação de fumos há a contaminação por substâncias cancerígenas que será em maior intensidade se deixar que a peça de carne ou peixe se queime.

Assim, a maior precaução a ter em conta, é sem dúvida a de não colocar o alimento a grelhar enquanto o carvão não estiver todo com uma ligeira camada cinzenta de cinza, e a segunda, não colocar a grelha a uma distância menor que 20cm do carvão.  Se a primeira, ajuda a que o alimento não seja colocado em cima da chama directa, a segunda evitará seguramente que o mesmo esturrique e assim, grelhe de forma mais lenta,  permitindo que cozinhe bem e fique dourado como se pretende.

Grelhar frango ou outras carnes de porco, vaca, borrego ou coelho impõe cuidados bem diferentes de grelhar peixe, por isso para que cada experiência seja mais fácil aqui vão algumas dicas para que tal aconteça:

1-      Grelhar frango – coloque o frango com a pele para cima primeiro, e só depois quando as brasas estiverem um pouco mais apagadas é que deve virar a parte com pele para baixo,  pois se não o fizer, a gordura salpicará as brasas logo ao início e facilmente incendiará as mesmas.  Se apesar desse cuidado isso acontecer, deverá ter por perto num recipiente metálico, cinzas que guardou de outro churrasco e que utilizará para espalhar, cuidadosamente, com uma pequena pá metálica pelas brasas que incendiaram, de forma a acalmar o fogo.
2-      Grelhar um lombo de porco inteiro – se for possível utilize lenha em vez de carvão. Prepare a lenha como se estivesse a acender a lareira, tendo em atenção que deverá ter um tronco maior que irá manter o calor durante pelo menos uma hora. Quando já tiver boas brasas, espalhe-as e coloque o tronco grande na parte de trás da churrasqueira para que fique, de forma indirecta, a fumar a carne. Ou seja, o fumo do tronco vai sendo libertado por trás e não por baixo da carne, e dessa forma, a carne ficará com um sabor a fumado mas não recebendo a libertação de fumos de forma directa.  Por baixo da carne, vá mantendo apenas algumas brasas. Este processo é demorado mas compensa porque o resultado final é excelente.   
Esta dica poderá servir também para grelhar um teclado de porco, um coelho inteiro ou até uma pá de borrego.
Nunca, mas nunca pique a carne com um garfo ou seja lá o que for! Utilize espátulas ou pinças grandes.  Porquê? Porque se o fizer vai perder os sucos naturais da carne que ajudam a que a mesma fique bem suculenta.  

Dicas Para Um Bom Churrasco de Verão

3-   Assar sardinhas – de todos os peixes, assar sardinhas é de facto mais difícil, muito embora haja quem  pense que não. Assar sardinhas de forma a que as mesmas fiquem douradas e nada queimadas ou esturricadas é de grande mestria, e que para tal é necessário a preparação correcta das brasas, que deverão estar repletas de cinza e completamente calmas e sem fagulhas. Saber esperar o momento certo para colocar as sardinhas na grelha é o primeiro passo, sendo o segundo a forma de as colocar e manusear na grelha. Nunca utilize aquelas grelhas que se dobram e apertam e esborracham o peixe, é o pior que pode fazer a uma sardinha ou a qualquer peixe, que deve ser virado de forma cuidadosa para que a pele fique intacta e assim vá para a mesa.  
Outros  peixes do tipo robalo ou douradas, deveram ser massajados com azeite antes de irem para a grelha para evitar que a pele se pegue à mesma, ao mesmo tempo que lhe serve de emoliente tornando-o   mais suculento. Não faça nenhum daqueles cortes diagonais que algumas pessoas fazem, porque isso só serve para que o peixe perca a sua gordura mais rapidamente e seque ao cozinhar. A pele intacta serve de capa protectora que conserva os sucos e gorduras naturais do peixe. Deixe-o grelhar de forma homogénea e vire-o cuidadosamente apenas uma vez de cada lado, para que grelhe uniformemente, sem queimar e ficar com aspecto douradinho e apetecível.


Dicas Para Um Bom Churrasco de Verão
Em qualquer churrasco que se prese, os molhos, são de facto muito importantes e dependem apenas do gosto pessoal de cada um. Uns gostam de picante, outros de gostos mais exóticos e aromáticos, mas entre esses gostos variáveis, a utilização do azeite como base, deve ser a regra mais importante, não só pela riqueza nutritiva que lhe é aportada mas também porque tanto na carne como no peixe serve de emoliente tornando o alimento muito mais suculento e saboroso.   

Se gosta de churrasco como nós no Sótão da Gina, planeie já o seu próximo numa roda de bons amigos utilizando as minhas dicas, não esquecendo que um bom churrasco de Verão não gosta de pressas, por isso, reserve uma boa dose do seu tempo e relaxe, divirta-se a cozinhar e sobretudo alimente-se bem em qualidade e nunca em demasia.  

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Altruísmo Para Que Te Quero

Dar Sem Esperar Nada em Troca 


Ser feliz e fazer os outros ainda mais felizes tem sido um lema de vida bastante árduo de levar a cabo, mas nem por isso motivo para qualquer tipo de desistência ou mudança de rumo nesta fase do caminho, e este mote, é o tema de conversa aqui no Sótão da Gina, com o título  - Altruísmo Para Que te Quero.

Pergunto-me: - Altruísmo para que te quero?
Respondo-me de imediato: - Para ser feliz.

A palavra altruísmo, entendida como sinónimo de solidariedade, foi criada em 1830 pelo filósofo francês Auguste Comte caracterizando-a então como um comportamento humano com inclinação a dedicar-se aos outros. Este comportamento é o oposto ao egoísmo, tendência específica e exclusivamente individual ou narcisista.

Altruísmo Para Que te Quero
Assim, o conceito do altruísmo em filosofia refere-se às disposições naturais do ser humano, indicando que o homem pode ser, e é naturalmente bom, sem necessariamente relacionar as boas acções a algo sobrenatural ou qualquer tipo de religião.

Os cristãos, no entanto, não esquecem a frase de S. Paulo aos Efésios: …”Recordai as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber”, e tão pouco a oração de S. Francisco de Assis que diz: … “Pois é dando que se recebe”.

Altruísmo Para Que te Quero
Francisco de Assis que nasceu na cidade de Assis, Úmbria, Itália, em 1182, pertencendo à burguesia, vivia uma vida boa com seu pai, na área do comércio. Dando-se conta que não tinha muito jeito para acompanhar o seu pai nessa área de negócio, tentou ser militar mas em 1206 abandonou tudo e todos tornando-se num aparente pobre maltrapilho, deixando a sociedade burguesa perplexa. Entregou-se às suas obras junto à ordem dos Franciscanos que fundou, e às Clarissas que ajudou a fundar com Santa Clara.

S. Francisco de Assis, nascido como Giovanni di Pietro di Bernardone, foi feliz assim, dando tudo de si vivendo na simplicidade e na pobreza, sendo para os cristãos o perfeito exemplo do altruísmo.

Tudo isto se passou há muitos séculos, e embora o exemplo e orgulho permaneçam, reflectimos sobre os altruístas de hoje: quem são, por onde andam, o que os move.

Hoje é de facto difícil aceitar o altruísmo genuíno, pois por vezes parece-nos haver qualquer um, por mais pequeno que seja, interesse por trás de qualquer acção aparentemente altruísta. Vive-se um tempo de dúvida, de descrença, de desconfiança sobre o dar em gratuitidade porque quase tudo tem um preço; quase tudo pode ser considerado como um serviço pago à hora.

É urgente que as novas gerações façam uma reflexão sobre o altruísmo e consigam recuperá-lo como forma de os homens e mulheres serem melhores, menos dependentes de artefactos que não dão felicidade e mais dependentes no dar para receber sem nada esperar por troca.

A felicidade em dar algo a um familiar, a um ser querido, e ver o seu sorriso estampado no rosto é muito gratificante, aquece-nos a alma, faz-nos sentir bem. No entanto, não há nada que se assemelhe a dar algo a alguém que não se conhece; apenas sabe que esse alguém precisa da sua ajuda, e essa ajuda por muito que lhe custe é absolutamente fulcral para a sobrevivência, bem-estar e posterior felicidade desse ser humano que não conhece.

Altruísmo Para Que te Quero
Se nunca teve uma destas experiências na sua vida, tente fazer algo semelhante e verá que é das felicidades mais completas que se pode sentir;  em breve dar-me-á razão e quando se perguntar: Altruísmo para Que Te Quero, responderá com certeza: Para Ser Feliz.

Claro que também vale dar tudo o que se pode aos nossos seres mais queridos e a associações cujo donativo pode ser abatido nos impostos, mas consideremos que apesar de ser muito bom, muito positivo, é um bocadinho como que fazer batota, porque já faz parte por tradição, obrigação ou boa vontade.

O altruísmo genuíno aquele que nos dá a tal sensação de indescritível felicidade em dar sem esperar nada em troca, é sem dúvida alguma: - dar a alguém desconhecido.

Pense em dar sem esperar nada em troca, seja altruísta, seja feliz!



sexta-feira, 6 de junho de 2014

Nosso Céu de Cada Dia

Céu, a palavra que do latim, cælum, significa tudo o que cada um de nós observa a partir do planeta Terra, pode mostrar-se diferente porque é fortemente influenciado pela  atmosfera ao seu redor dependendo do local onde cada um de nós os observadores nos encontramos.

Nosso Céu de Cada Dia
 Fotografia com direitos reservados ©Virgínia Dias

Hoje no Sótão onde a nossa clarabóia imaginária nos permite ver o Céu de forma muito privilegiada, conversa-se sobre o nosso céu de cada dia não só pela sua beleza incontornável como também o que a mesma nos pode fazer sentir e influenciar.

Nos dias em que o céu se nos mostra negro sente-se um pesar que nos influencia negativamente o estado de espírito, enquanto que em compensação, nos dias em que nos brinda o seu mais intenso azul, parece que o nosso ser fica mais leve e tudo se resolve com mais ânimo.

Seja  partir do alto de uma montanha, de um vale, uma planície, um rio, no mar, ou qualquer recanto deste planeta Terra, as nuvens, as auroras ou o ocaso que fazem parte dos fenómenos cíclicos e atmosféricos, contribuem para que o céu nunca pareça igual na sua cor límpida ou salpicada de pinceladas ou pingos de beleza sempre diferente mas sempre influenciável.  

Mas o nosso céu de cada dia pode ser ainda muito mais; pode ser algo de tão incomensurável quanto ao pensamento que nos leva ao infinito e nos obriga a abrandar o ritmo desenfreado do dia-a-dia, olhando o imenso, o não palpável, o belo e diferente, apenas porque sabemos que é nosso porque fazemos parte dele.

Neste fascínio do céu e pelo céu, existem muitos que se dedicam a fotografar e filmar captando imagens que deliciam qualquer alma e no Sótão da Gina, temos visto e revisto, o vídeo intitulado "the Mountain" (A Montanha) que hoje vos brindamos, como um elixir de ajuda a relaxar no fim-de-semana que se aproxima.

Era uma vez um homem que foi até às Ilhas Canárias em Espanha e durante sete dias filmou o céu a partir da montanha El Teide no Parque Natural de Tenerife, a montanha mais alta de Espanha com 3.718 metros. O resultado é, como não poderia deixar de ser, surpreendentemente belo.

Ligue o som, active o ecrã inteiro e o HD e parta rumo ao céu, que ainda que, a viagem dure apenas três minutos e oito segundos não ficará certamente indiferente.

 

sábado, 31 de maio de 2014

Lavanda ou Alfazema, do Aroma a Outros Benefícios

A lavanda, também conhecida em Portugal  pelo termo de origem árabe alfazema é uma planta medicinal  e ornamental proveniente da espécie Lavandula da família Lamiacease. Constituída por pequenos  arbustos anuais e perenes, onde dentro das várias espécies  a mais conhecida ou comum é a Lavandula angustifolia (L. officinalis).


Lavanda ou  Alfazema, do Aroma a Outros Benefícios

No Sótão da Gina conversa-se hoje sobre Lavanda ou  Alfazema, do aroma a outros benefícios, por o tema dos  bons aromas ser algo que consideramos muito interessante.

Hoje, falando apenas sobre a Lavanda ou Alfazema que para além da sua beleza  na ornamentação de qualquer arranjo floral, o seu aroma confere não só prazer olfactivo mas também um efeito fresco e relaxante.

Lavanda ou  Alfazema, do Aroma a Outros Benefícios
São atribuídas à alfazema propriedades anti-sépticas, antiespasmódicas, analgésicas, cicatrizantes, antiasmáticas, anticonvulsivas e que ajudam na redução dos gases intestinais; no entanto o meu conhecimento não pode atestar todas elas e não dediquei tempo algum a pesquisar por querer apenas focar os atributos de beleza e os aromáticos, mas não sem antes aferir que há um chá, de uma marca sobejamente conhecida e vendido em qualquer supermercado, que contém tília e lavanda, e que funciona muitíssimo bem para ajudar  quem não consegue adormecer e não quer utilizar os meios químicos tradicionais.

Diz-se então que a alfazema pode ser utilizada para acalmar, relaxar, melhorar a digestão, combater a alergia à picada de insectos e conferir mais energia, ajudar nos estados psicológicos de inquietação ou perturbações do sono, irritação gástrica, flatulência, colites nervosas, dispepsia nervosa, má circulação, hipotensão arterial e exaustão física.

Lavanda ou  Alfazema,
 do Aroma a Outros Benefícios
De forma caseira, o modo de uso da alfazema pode ser desde a infusão das suas flores para chá ou  culinária. Quanto às sementes podem ser colocadas em saquinhos para aromatizar gavetas e armários durante meses. Poderá também comprar o óleo essencial de alfazema, que nas suas várias formas de utilização oferece um aroma agradável em toda a casa, sendo também uma fragrância que acalma, relaxa e ajuda a balancear-nos tanto na energia física como na emocional.  

Assim, das formas mais praticas e belas de encher a casa de um aroma fresco e relaxante é colocar vários pequenos ramos de alfazema pelas várias divisões da mesma, enquanto que, se utilizar também as sementes nas gavetas e armários acrescenta a sua potencialidade.

Quanto ao óleo, há-o em diversas formas e marcas, e como ambientador, a forma mais fácil e mais duradoura é na utilização de pequenos aparelhos eléctricos que se ligam durante o tempo que desejar.

Se pretender comprar um frasquinho de óleo essencial de alfazema, então fique sabendo das outras anunciadas utilizações benéficas do mesmo:

Lavanda ou  Alfazema, do Aroma a Outros Benefícios

1-      Atenua a comichão e inchaço provocado por picadas de insectos.
2-      Nos pequenos cortes e feridas, ajuda a parar de sangrar e é anti-séptico.
3-      Nas queimaduras alivia a dor e impede o inchaço.
4-      Na pele seca, dermatites várias ou caspa, parece fazer milagres.
5-    Como ajuda a relaxar e adormecer, colocando 2 ou 3 gotas na mão e inalando, podendo depois limpar as mãos na parte inferior da almofada, terá noites bem mais cheirosas e bem dormidas.

Os benefícios estendem-se, e há quem já ande com um frasquinho de óleo essencial de alfazema na mala; mas aqui apenas listei os que me pareciam mais interessantes  e alguns dos que são utilizados no Sótão da Gina tais como os arranjos forais com alfazema, os saquinhos de sementes de alfazema colocados nas gavetas, o chá com tília e lavanda e os aparelhos eléctricos com aroma a alfazema. O óleo essencial de alfazema vai ser a nossa próxima experiência por parecer muito interessante em vários aspectos e  quem sabe se não vamos também ser daquelas que transportamos frasquinhos de óleo essencial de alfazema na mala! 

Lavanda ou  Alfazema, do Aroma a Outros Benefícios

Antes de terminar, aqui vai uma pequena dica que utilizamos frequentemente: Recorda-se do nosso artigo "Reciclar com Arte"? Se não leu ou não se lembra pode ler aqui ,mas adiante; a dica consiste em reaproveitar os frasquinhos de vidro dos iogurtes para pequenas jarras onde colocará alguns pézinhos de alfazema e espalhar em todas as divisões da sua casa.

domingo, 25 de maio de 2014

A Lua Como Arte

Para celebrar, a 18 de Junho próximo, o quinto aniversário do lançamento da missão Órbita de Reconhecimento Lunar, a NASA decidiu disponibilizar uma selecção de 24 fotografias para votação da melhor imagem registada pelo ORL – Orbitador de Reconhecimento Lunar para a mesma ser a capa da colecção intitulada “A Lua Como Arte” (The Moon as Art”).

A Lua Como Arte
imagem com direitos reservados ©Virgínia Dias

No Sótão da Gina, a conversa surge por a Lua e a captação de inúmeras fotografias pela sua anfitriã, ser por vezes, além de um passatempo quase a deslizar para o vício, ser também frequentemente um motivo de frustração por não conseguir captar aquela imagem perfeita que desejaria, sabendo de antemão que não é fotógrafa profissional e tão pouco possui equipamento fotográfico adequado à sua exigência.

A Lua Como Arte
imagem com direitos reservados ©Virgínia Dias
Sendo a Lua conhecida na Mitologia Grega como Ártemis, filha de Zeus e irmã de Apolo é assim considerada feminina, associada à pureza e à virgindade, e a sua beleza é admirada por todo o planeta Terra que recebe a sua influência de forma permanente e cíclica.

Afectando marés e emoções, a Lua que nos deslumbra ainda mais em noites em que se encontra cheia, o seu simbolismo e beleza serve inúmeras vezes de inspiração a muitos criativos, mas não só, porque está rodeada de influências cheias de significados tanto na astrologia como no misticismo.

Diz-se que desenvolve a imaginação dando maior tendência ao sonho e à fantasia. Diz-se também que ciclicamente, dependo das suas fases, a sua influência, pode gerar mais ou menos passividade, inconstância, intuição, misticismo ou até amor. Supostamente, cada fase da Lua manifesta um tipo de energia própria, com causa-efeitos diferenciados, sendo o mais conhecido de todos, o ciclo provocado pela evolução da gravitação conjunta da Lua e do Sol, que se expressa na Terra, de forma a influir nas marés e nas emoções.

Associada ao aspecto feminino receptivo, passivo e fértil, fazendo uma órbita completa em torno da Terra a cada 27,3 dias, voltando ciclicamente à mesma posição com as estrelas, a Lua vai assim, com a sua energia, renovando marés e emoções para que o comportamento de todos os seres vivos tenha a oportunidade benéfica da renovação.

A Lua Como Arte
imagem com direitos reservados ©Virgínia Dias

O Sótão da Gina vai continuar a receber a sua luz em noites de Lua Cheia pela sua abóboda gigante em vidro, que permite admirar a sua beleza de forma límpida e cristalina; enquanto isso vai acontecendo de forma periódica, as votações para eleger uma das cinco imagens candidatas à fotografia vencedora intitulada “A Lua Como Arte” que já abriram em 23 de Maio no site da NASA, estarão patentes até dia 6 de Junho de 2014. Quem quiser ver ou votar nas imagens pode fazê-lo entrando aqui



domingo, 18 de maio de 2014

Quando o Tamanho Conta

A questão surge quase sempre como uma dúvida, quase que  a título de brincadeira, quando no Sótão a anfitriã de estatura baixa, necessita de um banquinho para ir buscar um dos seus livros à última prateleira da estante, e por aí solta-se a conversa sobre quando o tamanho conta.

O tamanho conta sempre e tão só, na perspectiva de cada um de nós.

Veja esta minha  fotografia e veja bem o pormenor que tem a ver com a perspectiva.
Reparou? Percebe onde quero chegar? 

Quando o Tamanho Conta - Fotografia com direitos reservados - ©Virgínia Dias 

Na minha perspectiva, se fosse uns centímetros mais alta já chegava a quase todas as prateleiras sem a ajuda de um banco, mas também se assim fosse não conseguiria movimentar-me com a mesma agilidade, por entre uma multidão num concerto ao ar livre para chegar ao melhor lugar possível. Não faltariam exemplos de prós e contras, ou até brincadeiras sobre a minha estatura de 1m55, mas este serviu para exemplificar apenas esta perspectiva.
Quando o Tamanho Conta

Na adolescência, recém-chegada a Nova Iorque, ensinaram-me a dizer “big things come in small packages “ que significa “coisas grandes vêm em pacotes pequenos”; achei na altura, a frase muito engraçada e utilizava-a sempre que a conversa se propunha. Curiosamente, outras pessoas que ia conhecendo usavam-na em mim também. Era apenas uma brincadeira, mas que talvez tivesse contribuído para que ao longo da vida me fosse apercebendo com clareza, que o tamanho conta e importa sem qualquer sombra de dúvida, mas nem sempre!

É evidente que há casos e questões em que o tamanho exacto é imprescindível, outros há, em que o tamanho pequeno é mais valioso que o tamanho grande, mas nestas situações apesar de a perspectiva ter alguma importância, é bastante mais relevante a utilização em cada circunstância. Por exemplo, se por um lado, na cidade dá um grande jeito ter um carro pequeno que se possa estacionar em qualquer espaço apertado, um carro grande no campo já é algo muito mais útil.

Quando o Tamanho Conta
Nem tudo o que parece é!

Há teorias e mitos sobre “quanto maior melhor” sobre os mais variados assuntos, e também sobre os quais dificilmente se consegue convencer a opinião publica do contrário, por estar desde sempre tão impregnado na ideia de cada um. Um deles é o homem de Neandertal, que tinha um cérebro maior em mais ou menos 10% do homem de hoje e nem por isso os cientistas conseguiram até hoje comprovar que era mais inteligente.

Será importante catalogar sempre por tamanho, valor e importância?

Creio mais uma vez, que nem tudo e nem sempre! No Sótão da Gina pensamos que quando o tamanho conta será difícil imaginar o tamanho da alma porque não é palpável, não pode ser medida por uma fita métrica. O homem de hoje em dia tem grande tendência a quantificar e qualificar pelo valor que as pessoas ou as “coisas” gerem, e a ciência ainda não inventou um medidor para o tamanho ou o preço da alma, mas há quem diga que tem uma alma do tamanho do mundo. Já pensou no tamanho da sua?

Se tiver mais 4 minutos, desfrute o vídeo abaixo que representa bastante bem o tamanho e a perspectiva.


domingo, 11 de maio de 2014

Verdades Sobre Uma Alimentação Saudável

Entre a verdade, o mito e os lobbies ao redor das várias dietas, girou a conversa no Sótão, sobre a alimentação saudável e equilibrada,  aconselhada a quem nos visita.

Diz o povo que cada um “puxa a brasa à sua sardinha”, dizem outros “são os lobbies senhor, são os lobbies”!  Na verdade a indústria alimentar tem tantos a puxar as suas brasas e tantos lobbies que não admira a confusão de muitas pessoas que frequentemente se perguntam:

- Entre os alimentos que podem conter excesso de hormonas, antibióticos, toxinas, pesticidas, aditivos, conservantes, açúcares, sal, gorduras, salmonelas e amebas, o que posso eu comer sem qualquer receio?

A resposta honesta e sincera a esta pergunta seria NADA!

É evidente que, nada, não alimenta e portanto há que tentar dar a volta a este problema da forma mais inteligente e sensata.

Verdades Sobre Uma Alimentação Saudável
Em primeiro lugar aconselha-se a não ir atrás de boatos que voam por campanhas normalmente lançadas em redes sociais, tais como por exemplo:  

- Leite de vaca faz mal ou glúten faz mal. O leite de vaca só faz mal a quem é intolerante ou alérgico à proteína do leite, chamada soro de leite, hoje popularmente conhecida por whey; o mesmo se passa com o glúten, proteína dos cereais que é apenas nociva a quem for intolerante ou alérgico.

Informe-se, não vá em ondas, nem modas ou febres de ataques a certos alimentos, lembre-se que por trás disso está uma industria poderosa que quer vencer a todo o custo.

Em Dezembro de 2013, a dieta mediterrânea foi classificada como Património Mundial e Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

Sem dúvida que a Dieta Mediterrânea que é caracterizada pela abundância de cereais, hortaliças, legumes, fruta e frutos oleaginosos; o azeite como principal fonte de gordura; consumo moderado de peixe, aves, lacticínios e ovos; consumo de pequenas quantidades de carnes vermelhas e ingestão moderada de vinho, é uma das melhores dietas a seguir.

Em Portugal há um pequeno senão: come-se demasiado, para além de algumas receitas tipicamente portuguesas serem demasiado calóricas e com gorduras em excesso; a que com imaginação e alguns conhecimentos sobre nutrição e culinária, qualquer um pode alterar substituindo e adaptando. Quanto ao comer demasiado, é preciso tomar o primeiro passo que consiste em entender que o faz, seguido do início de qualquer método para reprogramar a quantidade de alimento que o seu estômago lhe pede não por necessidade mas por hábito, e isso pode ser feito pela simples ingestão de 2 copos de água antes da refeição.

A base da dieta mediterrânea é boa e se for consumida em quantidades razoáveis; de forma regrada e variada continuará de longe a ser a solução para uma alimentação saudável.

Mas como resolver o problema do excesso de hormonas, antibióticos, toxinas, pesticidas, aditivos, conservantes, açúcares, sal, gorduras, salmonelas e amebas, contidos nos produtos que fazem parte da dieta mediterrânea ou de qualquer outra?

Variar é o segredo!

Variar, variar e variar o mais possível, para que o excesso, seja de que substancia for, seja eliminado e não vá depositando-se no organismo de forma permanente, pois é assim que se inicia qualquer tipo de doença.

Não gosto de dar receitas pelo simples facto de não gostar de seguir receitas; gosto bem mais de ir para a cozinha e criar com o que tenho disponível, mas confesso que se torna mais fácil porque tenho conhecimentos suficientes na área das Ciências da Nutrição para saber o que devo e não fazer, e isso não está disponível a todos, por isso deixo-vos, não receitas mas sim uma ideia de menu para uma refeição muito nutritiva,  recheada de vitaminas e  minerais,  e de fácil execução.

Entrada: Pimento vermelho assado com coentros e requeijão
Prato principal: Lombo ou posta de salmão acompanhado de batata  e grelos 
Sobremesa: Papaia com lima

Verdades Sobre Uma Alimentação Saudável
Preparação: (Note-se que por ser uma ideia e não uma receita, não são fornecidas quaisquer quantidades)

Da Entrada: Lave o pimento, seque e coloque no forno durante o tempo necessário para que a pele seja facilmente retirada. Retire do formo e deixe arrefecer por completo. Pele o pimento, abra-o e retire o topo e as sementes sem o lavar. Para tal deverá ir lavando uma das mãos e repetindo o processo até o pimento estar limpo de pele e sementes. Corte-o à mão, em pedaços a seu gosto e coloque num recipiente onde o irá servir. Regue-o de azeite, vinagre balsâmico, pimenta moída no momento e um punhado de coentros finamente cortados (pode fazê-lo com uma tesoura de cozinha). Não coloque sal, não é de todo necessário! No mesmo recipiente coloque um pequeno requeijão cortado em fatias finas, e sirva de imediato.

Sabia que o pimento vermelho é a maior fonte de vitamina C?

Verdades Sobre Uma Alimentação Saudável
Do Prato principal: Se tiver tempo, coloque alguns grãos de sal grosso no peixe aproximadamente meia-hora antes de cozinhar, mas se tal não for possível, poderá temperar com sal fino como se estivesse a fazê-lo a um bife por exemplo. De notar que pode usar um lombo de salmão já isento de espinhas como uma posta, depende do que preferir. Coloque um pouco de azeite numa frigideira com uma colher de margarina de soja e aqueça apenas um pouco para derreter a margarina, colocando o peixe de seguida. Tape e deixe cozinhar em lume brando. Conforme a espessura do peixe, deverá virá-lo cuidadosamente após dois ou três minutos e voltar a tapar. Retire do lume e mantenha tapado até servir. Entretanto já poderá ter lavado uma batata pequena e colocado no micro-ondas para cozinhar, o que dependendo do tamanho e potência poderá ser entre 3 a 5 minutos. Quanto aos grelos, que poderá substituir ou por feijão-verde ou por espinafres, deverá cozê-los (não em demasia) previamente num tacho sem tampa para que não amareleçam, ou em alternativa mais rápida, usar os congelados que basta ir ao micro-ondas por alguns minutos para estarem prontos. Para o empratamento, deverá colocar o peixe e regar com algum do molho do seu cozinhado e algumas gotas de lima ou limão a seu gosto; a batata deve ser ligeiramente aberta, pegando nas duas extremidades, puxe para cada lado para que abra ligeiramente, depois ajeite a forma para que fique com uma cova no meio onde vai colocar uma colher de sopa de iogurte grego e uma pitada de salsa finamente picada ou cebolinho, ou até um pouco de cebola desidratada; a verdura deverá ser regada com um pouco de margarina de soja liquida. De reparar, que apenas ao peixe foi adicionado sal, nem a batata nem a verdura necessitam de sal, pois ao adicionar os outros ingredientes já está a dar-lhe o sabor suficiente. Não adicione sal a tudo, e a torto e a direito porque nem sempre é necessário.

Sabia que o salmão é rico em vitamina D e em ácidos gordos chamados Omega 3?

Verdades Sobre Uma Alimentação Saudável


Da sobremesa: Abra uma papaia e retire as sementes. Sirva com algumas gotas de lima ou leve à mesa com um quarto de lima para ser espremido no momento. Se não gostar de papaia, poderá substituir por uma rodela de ananás ou abacaxi, servida simples. A ideia é de terminar a refeição com uma fruta que ajuda a digerir a gordura (boa) do salmão.




Sabia que a papaia é rica numa proteína chamada papaína que ajuda a digestão?

Sabia que o ananás é rico numa proteína chamada bromelaína que para além de ajudar a digestão é uma excelente fonte anti-inflamatória?

Verdades Sobre Uma Alimentação Saudável

No Sótão da Gina vamos dar por terminada esta conversa sobre as Verdades de Uma Alimentação Saudável e preparar a refeição que vos referi acima porque nem só de conversa se alimenta alguém, e de resto só de escrever já nos abriu o apetite.

Já agora, pode acompanhar esta refeição com um copo de um bom vinho tinto ou branco. O acompanhar do salmão por ser um peixe muito rico em gorduras, não tem de seguir a regra do vinho branco. Mas se não beber bebidas alcoólicas, acompanhe com água, que é de todos o acompanhamento ideal para qualquer refeição.

Não esqueça a regra de ouro na sua alimentação diária, nada de excessos,  e na variedade é que está o segredo!








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