terça-feira, 21 de julho de 2015

Luxo, Requinte ou Privilégio?

 Estamos em pleno Verão e no Sótão da Gina pensa-se e conversa-se sobre férias e de repente solta-se uma gargalhada à volta do uso e abuso da palavra “luxo” em Portugal; questiona-se o seu verdadeiro significado comparando o luxo com requinte ou o simples privilégio.


Luxo, Requinte ou Privilégio?
Luxo, Requinte ou Privilégio - apenas questões de semântica? Talvez sim, talvez não, ou talvez ainda mais a importância que se dá a cada uma destas palavras.

Vejamos os significados de acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa:

lu·xo |ch|
(latim luxus, -us)
1. Modo de vida que inclui um conjunto de coisas ou actividades supérfluas e aparatosas. = GALA, OSTENTAÇÃO, POMPA
2. Grande quantidade.
3. Bem ou actividade que não é considerado necessário, mas gera conforto ou prazer.
re·quin·te
1. Apuro, perfeição meticulosa e exagerada.
2. Quinta-essência; o mais alto grau; exagero.
Palavras relacionadas: super-requintado, requintado, requintar, requinta, requintadamente, sibaritismo, metafisicismo.
pri·vi·lé·gi·o
(latim privilegium, -ii, lei de excepção, favor)
1. Direito ou vantagem concedido a alguém, com exclusão de outros.
2. Título ou diploma com que se consegue essa vantagem.
3. Bem ou coisa a que poucos têm acesso.
4. Permissão especial.
5. Imunidade, prerrogativa.
6. Qualidade ou característica especial, geralmente positiva. = DOM 

Mas estávamos a pensar em férias e a falar sobre locais para as mesmas, e ao procurar os ditos, reparámos que as descrições são tão exageradas que têm mesmo de ser analisadas à lupa por um lado, mas por outro, depende muito daquilo que cada um de nós prefere e considera importante nos seus dias de lazer.
Luxo, Requinte ou Privilégio?
Pessoalmente, preferimos de longe um bom privilégio, daqueles que nem custam qualquer moeda que seja; ao contrário do luxo que está sempre conotado com gastos avultados em qualquer câmbio, em qualquer recanto deste planeta. 

E umas férias que são um privilégio recheado de requinte? O que são para si?

Esta conversa hoje vai mesmo cheia de insinuações sugestivas de tudo ou de nada só para espevitar as ideias de quem nos lê e levá-los a pensar nas palavras luxo, requinte, privilégio, férias e meditar no que lhe apraz em vez de seguir a onda que está mais na na moda, a mais trendy, a mais in – depois contar-nos como foi, se deu mais resultado, se foi mais ao encontro das suas expectativas.
Luxo, Requinte ou Privilégio?
Por cá costumamos dizer que não gostamos da palavra luxo, por vezes até dizemos que a detestamos mas isso já é uma forma de expressão exagerada… mas há quem goste, e gostos não se discutem.

Montanha, cidade, praia, casinha à beira-mar ou no campo, tenda de campismo ou ficar em casa a relaxar e fazer aquilo que normalmente não consegue fazer nos dias de trabalho pode ser um privilégio cheio de requinte e igual a dias passados num resort de luxo em qualquer parte do mundo, porque no final das férias o importante é chegar à conclusão que na verdade (verdadinha) descansou o corpo e a mente e está preparadíssimo/a para mais uma ano de trabalho.


Luxo, Requinte ou Privilégio?
No Sótão da Gina cremos que as férias devem ser cheias daquilo que melhor se ajusta às suas necessidades e prazer - sejam cheias de luxo, requinte ou privilégio – desfrute da melhor forma. 

domingo, 12 de julho de 2015

Democracia, Liberdade, Libertinagem ou má Educação?

As conversas no Sótão da Gina não têm sido registadas de forma escrita com a assiduidade desejada por falta de tempo e não por falta de temas - esses são muitos e abundam no nosso quotidiano, originando muitas vezes um barulho ensurdecedor sobre assuntos ou quezílias que vão do mais sórdido ao curioso, mas para não cansar quem nos lê, hoje no sótão quase em tom inquietante, falamos e barafustamos sobre democracia, liberdade, libertinagem ou má educação.
Democracia, Liberdade, Libertinagem ou má Educação?
Desengane-se se pensa que vamos falar de política – nada disso – pensamos que meio mundo crê que sabe tudo sobre esse assunto e  expressa-se como tivesse mestrado e isso já chega quanto baste; no entanto achamos que o assunto está melhor entregue aos politólogos já que quanto aos políticos depende...  de resto, os politólogos andaram mesmo a “queimar as pestanas” para perceber do assunto – pena que muitos estejam à partida inclinados para uma lado ou para outro dando assim opiniões pessoais em vez de oferecer teses objectivas e isentas de inclinações, mas adiante!

A interlocutora é do tempo da “não democracia” em Portugal, ou seja, viveu em e sobreviveu  uma ditadura até aos 15 anos – coitada…

Coitada? Nada de coitada – para uma jovem que até era amiga de uma outra jovem cujo pai era funcionário da Pide, e teve uma professora que era esposa de um outro funcionário da Pide e viviam todos no mesmo prédio e visitavam-se e reuniam-se em tertúlias no café da zona, nunca houve o mais pequeno problema! E porquê? Quiçá, porque na altura não havia a cultura do “malhar” na política e nos políticos como passou a haver e vai de tal forma em crescendo que quem não o faz parece não pertencer a este mundo.

Tem-se confundido muito o viver sem liberdade de expressão política com outras coisas que nada têm a ver. Baralha-se tudo no mesmo saco. É a confusão total para quem não viveu esses tempos!

Quem os viveu e não tinha, já na altura, qualquer interesse em falar de política não lhe fez mossa nenhuma, porque na verdade o que fez alguma diferença ou prejuízo para alguns, foi o facto do regime ditador de então,  causar atraso no desenvolvimento do país – ponto final paragrafo e posto de uma forma simplista e directa de uma jovem que viveu esses tempos.

Entretanto tanta água passou debaixo da mesma ponte que o leito já começa a ficar gasto e desgasto de tanto se falar e deliberar sobre a liberdade, e em grande velocidade vai escorrendo deliberadamente, a quem lhe convém (claro está), para a libertinagem, desaguando num pântano de má educação, de quem nunca a teve e não reconhece como um bem essencial de uma sociedade que se diz democrática.
Democracia, Liberdade, Libertinagem ou má Educação?
Se por um lado viver em democracia é algo positivo porque dá direito a cada cidadão de votar e expressar a sua opinião sobre os mais variados assuntos que envolvem a política e políticos, a libertinagem move-se por objectivos meramente egoístas, egocêntricos e mesquinho-pessoais em conjunto com uma má formação pessoal – vulgo má educação = má criação, ou até vulgo muita falta de chá -  é algo altamente tóxico e corrói a sociedade, que a bel-prazer da globalização vai-se multiplicando como se de um vírus se tratasse.

Interesses? – Sempre – os deles, os libertinos  olham apenas para o seu umbigo e esquecem ou não querem saber que viver em sociedade democrática não basta apregoar umas quantas teses sobre ser-se de esquerda, de direita ou de centro - é preciso bem mais que isso – é preciso e urgente ser-se uma sociedade civilizada.

Democracia, Liberdade, Libertinagem ou má Educação?
Aqui no Sótão da Gina não temos nem remédio milagroso nem a cura para o vírus da libertinagem ou má educação em liberdade e democracia, mas que hoje a conversa foi bem acesa e barafustámos que nos fartámos, lá isso não podemos negar. E você que nos lê? Que acha? Nós depois disto, vamos até à praia desanuviar porque estas conversas com tanta mulher a protestar dão uma grande trabalheira e são desgastantes J.


Um resto de bom domingo! 

domingo, 14 de junho de 2015

Pobres ou ricos de espírito?

 Ser ou não ser, poderia ser a simples questão, se a mesma fosse assim tão fácil de perceber, mas a conversa de hoje no Sótão da Gina é um pouco confusa e até controversa quando se utilizam as expressões “pobres ou ricos de espírito”.

Quando se utiliza a expressão pobre de espírito, lembramo-nos das bem-aventuranças - “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus” (Mateus 5. 3), e é na sua interpretação que está o busílis desta conversa de hoje.

Pobres ou ricos de espírito
Em qualquer tradução, há muito que se perde quando não é feita de forma interpretativa e adequada ao idioma utilizado - por exemplo, costuma dizer-se que não há tradução para a palavra em português “saudade”, então imagine-se o que terá sido a tradução e interpretação antiga e original dos textos bíblicos.
  
De facto, na tradução mais antiga, a tradicional e conhecida frase da primeira bem-aventurança – “Pobres de espírito" a expressão, com o passar do tempo, foi perdendo o sentido original e é já há muito tempo mais conhecida por definir a pessoa como débil, rústica, insensível, ou alguém de pouca cultura ou até tola. Pobre de espírito, acabou por, no entendimento popular, ganhar um significado oposto ao sentido que era dado na Bíblia.

Pobres ou ricos de espírito
De contrário, e levando a tradução à letra, pensaríamos que Jesus Cristo estava a dizer-nos  que o Reino dos Céus pertence aos débeis, rústicos, insensíveis ou de pouca cultura, ou aos simplórios ou tolos? Cremos que não, cremos que na tradução o verdadeiro sentido perdeu-se.

A versão baseada na tradução do grego existente na Vulgata latina, feita por S. Jerónimo numa época em que os manuscritos antigos eram dados como confiáveis foi imprimindo na memória das pessoas a ideia de que o Reino dos Céus seria herdado pelos “pobres de espírito”.

Há traduções recentes em que se interpreta a expressão de pobres de espirito como espírito de pobre, coração de pobre ou humildes de espírito, e até aqui se gera confusão porque em português confunde-se muito o ser pobre com ser humilde e nem sempre isto se refere à realidade - a humildade é uma forma de caracter, enquanto que a pobreza é um estado devido a uma circunstancia.

Tal e qual como a nossa palavra “saudade” em português ser de difícil tradução, também do original grego a palavra “ptõchoi”  que deriva de "ptóchos", e que significa mendigo ou alguém que mendiga, separa-se totalmente da ideia de que a tradução da frase original em grego pode ser a de pobre porque na verdade a  palavra pobreza é “penia” em grego.

Confuso? Bastante… controverso também… e de certa forma não queremos que a conversa se torne um verdadeiro enfado, por isso terminamos esta análise das traduções referindo apenas que o que pode ter acontecido foi o facto de o português não ter sido traduzido directamente do grego mas sim do latim, daí a palavra grega "ptóchos" virou “pauper” em latim e em português passou para “pobre”.

Pobres ou ricos de espírito
Assim, no Sótão da Gina é nossa convicção que o que Jesus disse foi algo assim:

“Bem- aventurados os que mendigam em espírito”, ou numa linguagem mais actual “bem- aventurados os que pedem em espírito”.

No fundo, e de forma interpretativa, pedir de forma humilde, pura e muito rica em espírito será a melhor forma de pedir seja o que for e a quem for, não acham?

Para terminar, no Sótão da Gina pensamos que ser rico em espírito é a melhor  maneira de estarmos em sintonia com as mensagens que Jesus nos deixou e saber interpretá-las de forma correcta aos dias de hoje, para nosso proveito, pode ser  verdadeiramente útil e  inteligente. Saber compreender a frase “pobres de espírito” é definitivamente importante para perceber o seu verdadeiro sentido; entre pobres ou ricos de espírito há sem dúvida uma grande diferença, e o autentico conselho que nos foi dado e mensagem pedagógica contribui para sermos melhores, verdadeiros e definitivamente muito ricos em espirito porque só assim saberemos estar e ser felizes.   

quinta-feira, 28 de maio de 2015

A Culpa é do Stress

Com a ventania que se fez sentir em quase todo o nosso Portugal nestas últimas semanas, esta conversa deveria começar por dizer que a culpa é do vento que tem espalhado germes, pólenes e afins que nos têm infernizado a vida com inflamações e infecções respiratórias, mas não: a conversa no Sótão da Gina hoje, centra-se na desculpa tão vulgarizada que culpa o stress, por tudo e por nada.

Qualquer infortúnio, descuido, desaire, esquecimento, atraso, falha ou até puro desleixo leva com a frase: “é do stress”.

A Culpa é do Stress

Comecemos por dizer que ninguém é perfeito, certo? - Certo! Então não vale a pena a desculpa do stress para qualquer coisinha que poderá correr mal porque não cola, não dá, ninguém acredita, e o melhor é encarar a “coisa” como ela é e interiorizar o que na verdade correu mal para poder corrigir e na próxima correr melhor.

Senão vejamos – o que é afinal isto do “stress”?

Confunde-se ou por falta de informação, desinformação propositada ou por piada (sem graça nenhuma) o que na verdade é o stress, levando pessoas a falar do mesmo como se fosse uma doença. 

Há várias definições, denominações, deduções, conclusões e até estudos, mas para não complicar a conversa fomos apenas espreitar a definição da reconhecida revista Psychologytoday em que afirma que o stress é:  … simplesmente uma reacção a um estímulo que perturba o nosso equilíbrio físico ou mental. Por outras palavras, é uma omnipresente parte da nossa vida. Um evento com carga de stress elevada poderá desencadear uma resposta de ” luta ou fuga”  fazendo com que se sinta uma grande vaga de hormonas como a adrenalina e cortisol pelo corpo… poderá não ser possível controlar os factores de stress na vida, mas pode simplesmente alterar a reacção aos mesmos. 

A Culpa é do Stress
Todos os dias estamos expostos a questões de pressão, constrangimento, tensão, ansiedade e por vezes até em situações em que é necessário dar resposta rápida e eficaz no meio de alguma adversidade; é em cada uma dessas situações que se mede claramente o nível de capacidade que o organismo tem para regular a adrenalina e cortisol a fim de não causar desconforto e desiquilibrio.

Cada individuo reage de forma diferente, e cabe a cada um reorganizar-se de forma a melhor lidar com as tais situações em que o levam ao descontrole. Não há uma medida igual para todos, por isso é importante saber o seu limite.

Não se pode banir o stress da nossa vida mas pode saber-se geri-lo de forma mais eficaz, evitando, adaptando, alterando ou até aceitando, de forma diferente, as mesmas situações.

Há quem acredite que o exercício físico melhora a capacidade de gestão do stress, mas há outros que advogam algo completamente contrário como a meditação, portanto voltamos a referir que cada um tem a sua medida certa e a melhor maneira de chegar à mesma, se ainda não chegou, é experimentar o que pensa ser adequado; para isso, analise cada uma das suas reacções quando está só e tem um tempinho para uma breve introspecção, e não diga que não tem tempo, até aqueles minutos debaixo do chuveiro servem para o fazer.

A Culpa é do Stress

No Sótão da Gina há quem acredite que no ioga é que é que está o segredo, no entanto a anfitriã do sótão crê que banhos de mar são o elixir dos deuses, mas na sua falta,  olhá-lo e deixar a mente viajar nas suas ondas já são quanto baste para uma boa reflexão e de certa forma uma técnica de relaxamento eficaz. Faça o que fizer, não utilize a frase “a culpa é do stress” para nada, não lhe serve a si nem a quem a ouve… esforce-se para que o stress não domine os seus dias e verá que afinal também consegue ter um método eficiente para o manter em linha e na linha.


terça-feira, 19 de maio de 2015

Casas com Alma Esquecida

Por todo o país se podem encontrar casas devolutas; na cidade de Lisboa, o flagelo é bem grande e hoje tornou-se no tema de conversa no Sótão da Gina, ao qual acabámos por intitular de Casas com Alma Esquecida.

Quando se passeia atentamente pelo campo, dá dó ver a quantidade de casas abandonadas à sua sorte, algumas de grande dimensão e opulência. Muitas terão certamente contribuído para a grande felicidade nas férias de muitas crianças de outros tempos. Amparadas apenas pela natureza, permanecem em pé até que essa mesma amiga natureza lhes vá permitindo, até que nada mais sobre que um amontoado de um resto de tudo e nada.

Casas com Alma Esquecida

Na cidade de Lisboa muito se poderia fotografar e escrever sobre as casas devolutas que foram abandonadas sem dó nem piedade e deixadas assim à sua sorte como que se nunca tivessem alma adentro.
Parámos em duas, muito perto entre si, vizinhas de prédios altos e modernos para que a sua pequenez seja ainda mais evidente.


Casas
 com
 Alma Esquecida
Reparámos em pormenores.

Fotografámos e imaginámos o que se teria passado entre aquelas paredes quando eram novas e cheiravam a tinta fresca.

Na casa de dois pisos, o nº 56 construída em 1873, em plena monarquia e reinado de D. Luís I, nesta casa que ainda hoje mostra orgulhosamente as iniciais (JRC) do seu ou sua proprietária, imaginámos as tertúlias à volta de uma simples taça de arroz doce acompanhada de um cálice de vinho do Porto, e conjecturámos o que levaria alguém abandonar esta casa deixando por lá as cortinas brancas-alvas nas janelas que outrora serviram de filtro entre os ocupantes em amena tertúlia e os olhares curiosos de quem pela rua passava. Que histórias guardarão aquelas paredes hoje sombrias e decrépitas, de alma esquecida, do século passado?

Não muito longe do nº56 ergue-se à sua sorte uma pequena casa cor-de-rosa, sem número de porta, mas pomposamente mostrando que também outrora tinha cortinas brancas-alvas. Aos transeuntes resta-lhes a curiosidade de ver as cortinas esvoaçarem por entre o entaipamento de tijolo e o exterior, imaginando o que aquela casinha cor-de-rosa hoje com a alma esquecida, contaria quando nela habitavam gentes com alma e vigor, num então desconhecido por quem hoje por ela passa.

Casas com alma esquecidas deveriam ser preocupação de quem hoje tanto se empenha em lançar betão em qualquer metro quadrado que exale a lucro fácil e rápido.

Casas com Alma Esquecida
Muito poderá ser feito se sociólogos e historiadores também queiram contribuir para a recolha de informação destas casas com alma esquecida espalhadas pela cidade de Lisboa, e em conjunto com os arquitectos da autarquia (que são em grande número) demonstrem interesse para as reconstruirem, reabilitarem e devolverem à sociedade de forma a poderem ser de novo orgulhosamente úteis e habitáveis.

No Sótão da Gina fica a inquietação e o sabor amargo de tanto para dizer, tanto para fazer e de repente até é resolvido por qualquer chinês que compra uma destas casas com alma esquecida e a devolve à sociedade, falando um idioma que ainda não dominamos mas que a par e passo nos vai dominando o nosso quotidiano.

domingo, 10 de maio de 2015

Mudança – Lei da Vida

 Dizia John Kennedy - A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro e hoje no Sótão da Gina conversa-se sobre o tema da mudança e se de facto concordamos com o que John Kennedy disse que mudança é a lei da vida.

A anfitriã do Sótão da Gina mudou-se de residência mais uma vez, razão pela qual as conversas no sótão ficaram a aguardar que se organizasse, ambientasse e conseguisse criar o ambiente propício para as conversas habituais, onde os aromas a alfazema, jasmim e camomila se misturam com o de canela e pétalas de rosa cor de chá, fazendo com que se sinta de novo em casa no sótão do costume.

Mudança – Lei da Vida
A sábia frase de John Kennedy com que iniciámos esta conversa - A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro – leva-nos a reflectir que:

1 - Passado bom ou mau é passado; deve ficar bem guardado na gaveta do passado que se abre só se for necessário ir lá buscar algo de interessante que nos sirva de aprendizagem para o presente ou futuro.

2 – Presente é agora e deve ser vivido ao momento, ao milímetro, à oportunidade, sem hesitações.

3 – Futuro é daqui a pouco - pode ser sonhado, idealizado, desenhado, escrito, planeado e de repente, sem que o queiramos trocam-nos as voltas; mudam-nos as peças do puzzle e voltamos a ter de refazer todo o plano de novo, uma, duas ou todas as vezes necessárias para que possamos ajustá-lo às nossas reais necessidades utilizando o livre arbítrio que nos foi concedido e inscrito à nascença.

O cientista mais famoso do mundo, Stephen Hawking, diz que Inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança, mas nós pensamos que inteligência à parte – a capacidade de adaptação à mudança é mais uma questão de coragem de enfrentar o desconhecido e fé no que está para vir.

Mudança – Lei da Vida
Quem não tem estas capacidades acaba por ficar estagnado no tempo, e muitas vezes, como se diz na gíria “engolir muitos sapos” em vez de voltar à mesa de desenho, colocar uma nova folha em branco e projectar tudo de novo, do princípio e com o princípio e finalidade de servir melhor tudo o que carece.

Na mudança, há que também ter a coragem de fazer uma triagem do que vale a pena transportar para a nova morada, para o novo futuro – de nada vale carregar com objectos que nada lhe servem um propósito na nova vida.

A mudança de local de residência comporta também a avaliação das nossas necessidades actuais que se reflectem no futuro, não só de atitudes mas também de novas disposições, para que a mudança seja de facto benéfica e útil para o nosso amanhã.

Mudança – Lei da Vida
Pensando como John Kennedy que - mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro, no Sótão da Gina cremos que o futuro que é realmente nosso pode ser uma lei rescrita e desenhada todas as vezes que quisermos para melhor nos servir uma vida sã, agradável e feliz como a idealizámos ontem e a transformamos hoje num agora muito a nosso bel-prazer. 

terça-feira, 21 de abril de 2015

A Imagem Não é Tudo

Num pressuposto da vida moderna a imagem é tudo, e é nessa suposição que se centra a conversa de hoje no Sótão da Gina onde, de facto, as opiniões divergem dessa conjectura e centram-se na realidade, em que contrariamente ao que certas massas nos querem levar a crer, a imagem não é tudo.

A Imagem Não é Tudo

Uma coisa é a teoria – outra coisa é a prática; pôr a teoria em prática nem sempre é fácil, adequado ou sequer conveniente, não querendo tão pouco dizer que não hajam teorias praticáveis.

Enquanto os entendidos em moda advogam a tese de que a imagem é tudo, e os publicitários fazem com que as pessoas acreditem nisso como acreditam numa religião, na vida prática bem sabemos que não é bem assim.

Uma boa imagem é sem dúvida importante mas não é tudo.


Cuidar da imagem deve ser algo habitual e automático, mas para agradar a si próprio – nunca para agradar aos demais.

O sociólogo e antropólogo francês Marcel Mauss, dizia já no seu tempo (1872 – 1950) que o corpo é moldado pela cultura e que as experiências de vida, mesmo antes do nascimento, imprimem marcas tais como a tonalidade de pele, sinais, tipo de fisionomia etc. – mal sabendo Marcel Mauss, na altura, como a sociedade iria entretanto evoluindo  -  exageradamente para a cultura da imagem  - moldada à necessidade avidamente comercial dos que ditam as regras da moda e publicidade.

A Imagem Não é Tudo
Em países elitistas, a legião de seguidores da moda, seja ela qual for, seguem-na cegamente, esquecendo que por vezes nem têm bases para sustentar a moda que seguem. Lembramos a frase popular usada nos Estados Unidos da América “ you can dress them up but you can´t take them anywhere” que traduzida será algo como – podes vesti-los bem mas não podes levá-los a qualquer lado.

A cultura da imagem, só faz sentido se acompanhada de boa educação e boas maneiras, em suma: um saber estar de forma natural, cuidada e ajustada à sua forma de ser.

De nada adianta parecer – na realidade devemos ser, não só o que queremos mas mais concretamente o que podemos ser.

Uma boa imagem agrada sempre aos olhos – será que isto é suficiente para agradar à alma?


A Imagem Não é Tudo
No Sótão da Gina, apesar de darmos muita importância à nossa imagem assim como à imagem de onde nos inserimos, acreditamos que a imagem não é tudo; a imagem que deve ser cuidada todos os dias de forma natural, deve ser acompanhada de um saber estar na vida e na sociedade, de forma a enquadrar-se adequadamente nela, tendo em conta os seus desejos para estar sempre bem na sua própria pele.  Na verdade, cremos que é mais importante  ser que parecer, daí reforçamos a opinião de que a imagem não é, de todo, tudo.


domingo, 12 de abril de 2015

Relações e Ralações

No Sótão da Gina a conversa hoje centra-se nas relações e nas ralações que as ditas podem causar, se por ventura não soubermos lidar com elas, e visto que envolve pessoas que normalmente nos são próximas, as coisas podem por vezes não ser muito fáceis ou agradáveis, mas nem sempre tem de ser assim.

Desengane-se se pensa que as amigas aqui no sótão vieram para aqui falar das suas relações e ralações amorosas... nem pensar! Esse tema, apesar de não ser proibido por não termos temas tabu, é apenas evitado pela simples razão de ser tão, mas tão pessoal e singular apesar de vivido no plural, que não queremos de forma alguma influenciar com pensamentos que possam ser tendenciosos, ou até banalizar, através da generalização daquilo que jamais deverá ser vulgarizado ou globalizado por ser algo tão único. 

Relações e Ralações
Como amigas reunidas no sótão, de vez em quando queixamo-nos de amigos que não corresponderam às nossas expectativas, isso sim  - fazê-mo-lo de forma feminina e ajuda-mo-nos a compreender e resolver alguns casos muito específicos para uma melhor vivencia e saúde mental das relações de amizade.

Viver sem ralações, é de facto impossível, porque ao lidar no dia-a-dia com pessoas diferentes e únicas, portadoras de um pot-pourri de feitios, defeitos, dons, gostos e prazeres, nem a Alice no País das Maravilhas o conseguiu que era nada mais que uma história, quanto mais nós que somos apenas uns comuns mortais deste Universo!?

Haverá maneiras fáceis de lidar com certas situações e no sótão não somos gurus ou “coaches” de nada; apenas aprendemos com a experiencia que a vida nos brinda, ainda que penosa por vezes, sendo a partilha e entreajuda entre amigas algo voluntário e de prazer.

Relações e Ralações
Nestas conversas que podem iniciar-se de forma mais tristonha porque parte quase sempre de um desentendimento transformado numa grande lamecha, acaba por terminar com uma comparação marota ou satírica que transforma de imediato a energia ao redor, como faz soltar algumas boas gargalhadas.

Lembramos aquela canção das IrmãsMeireles que só os mais velhos certamente lembrarão porque é dos anos 40, cujo titulo é Josezito, e que posteriormente foi adaptada para a criançada quase toda; quase toda porque além da nova discografia, muitas das mães assim como como a anfitriã do sótão adaptaram tal como ela, a letra para o seu filho cada vez que ele se portava mal ou o queria sossegar conseguindo um largo sorriso e um “Oh Mãe...”. 

E a letra adaptada era:
Miguelito, já te tenho dito
Que não é bonito
Andares-me a arreliar
Chora agora, Miguelito chora
Que me vou embora
P'ra não mais voltar 

Relações e Ralações
Se os amigos não forem muito virados para estas brincadeiras que normalmente desarmam qualquer um sensível, e sem entrar em especificações de dicas de como resolver as ralações nas relações, porque como referimos antes, aqui no Sótão da Gina não somos gurus ou “coaches” de nada, no fim da conversa chegámos à conclusão que muitas das vezes esses assuntos são bem resolvidos através de um silêncio onde o tempo entra e oferece a solução na altura certa.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

O que Fica Depois do Dia de Páscoa

É inevitável, e quase automática, a pergunta na segunda-feira de Pascoela – “como foi a tua Páscoa?” - e é esta a questão que surgiu e se tornou hoje conversa no Sótão da Gina, ao pensar e reflectirmos no que fica depois do dia de Páscoa.

Normalmente, a resposta à pergunta semi-automática - “como foi a tua Páscoa?” – vem a resposta também ela semi-automática – “foi boa; com a família; fomos aqui e ali e comemos isto e aquilo.”

Mas afinal o que é isto de Páscoa? A Páscoa é uma celebração religiosa; a Páscoa dos Judeus e a Páscoa Cristã.

O que Fica Depois do Dia de Páscoa

Páscoa Cristã é a festividade mais importante para a religião cristã, significa passagem e tem origem no termo hebraico Pessach. O "Domingo de Páscoa" celebra a Ressurreição de Jesus Cristo e já era comemorada antes da época de Jesus, tratando-se então da comemoração do povo judeu por ter sido libertados da escravidão no Egipto, que durou cerca de 400 anos, e que ainda hoje continua a ser celebrada como a Páscoa Judaica.

O que Fica Depois do Dia de Páscoa

Quer queiramos quer não, e apesar de tantos se considerarem agnósticos ou ateus, a Páscoa é uma celebração religiosa e cheia de simbolismo ligado à reflexão sobre mais uma passagem na nossa vida, e digo mais uma, porque ao longo do nosso calendário anual é-nos dado outras duas datas simbolizadas por novas passagens – o ano novo e o nosso aniversário.

Assim, nesta nova oportunidade simbólica de nova passagem, devemos aproveitar e meditar num novo recomeçar, mesmo que para tal seja necessário cortar literalmente para um melhor crescimento como nos é contado na Parábola da Figueira Estéril.

A Parábola da Figueira Estéril é uma parábola contada por Jesus no Novo Testamento, narrada por Lucas em 13:6-9. A parábola envolve uma figueira, assim como a Parábola da Figueira, mas  não devem ser confundidas pois são distintas.

Segundo Lucas, na Parábola da Figueira Estéril Jesus disse:

                “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha; e indo procurar fruto nela, e não o achou. Disse então ao viticultor: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho; corta-a; para que ocupa ela ainda a terra inutilmente? Respondeu-lhe ele: Senhor, deixa-a este ano ainda, até que eu cave em derredor, e lhe deite estrume; e se no futuro der fruto, bem; mas, se não, cortá-la-ei.» (Lucas 13:6-9)



O que Fica Depois do Dia de Páscoa

O que fica então depois do dia de Páscoa? No Sótão da Gina cremos que deve ficar a noção plena das escolhas certas a levar a cabo nesta passagem, sendo esse o ponto de partida para uma vida mais a nosso gosto, cortando com o que não nos faz falta, com o que não nos dá qualquer prazer ou oferece o crescimento espiritual e físico que desejamos. 

sexta-feira, 20 de março de 2015

Dia Internacional da Felicidade, o Eclipse e a Primavera

Hoje a conversa no Sótão da Gina não está para menos e mete vários assuntos num saco, sacode, baralha e fala do dia de hoje – Dia Internacional da Felicidade, do eclipse e da Primavera, sem regras e em tom saltitante, como fazem as borboletas na Primavera a saltar de flor em flor.

Dia Internacional da Felicidade, o Eclipse e a Primavera

A anfitriã do Sótão da Gina já escreveu noutro blogue, há dois anos, sobre o Dia Internacional da Felicidade e a opinião não mudou acerca deste assunto, quem quiser ler ou reler pode fazê-lo aqui.

A acrescentar a este assunto  -  cada ano aumenta o número de gurus da felicidade  ou consultores de bem-estar como que se cada um pudesse tomar os conselhos ou medidas como remédio para as dores de cabeça e voilá fica a ser feliz!  É mesmo lamentável que em tudo surge o aproveitamento comercial, mas adiante.

Às vezes bastaria ver com olhos de ver, ser realista, ávida pelo conhecimento, pragmática, positiva e agradecida pelo que tem, para chegar à conclusão que afinal a felicidade já lhe bateu à porta e só não entrou porque não a deixou entrar, não lhe abriu a porta ou nem sequer ouviu a campainha.

A felicidade não é promovida por decreto, mas entra no nosso domínio e mantêm-se, se reconhecermos os elementos que devem fazer parte dela e a deixarmos ser o mote da nossa vida, apesar de nem todos os dias ela possa estar exuberante.

Seria tonto pensar que em todos os dias da nossa vida a felicidade possa estar sempre fresca e resplandecente, assim como também será tonto pensar que o cinzento é a cor predominante da sua felicidade.

Dia Internacional da Felicidade, o Eclipse e a Primavera

Ser feliz com, e nas pequenas coisas, é das coisas mais singelas e gratificantes.

Como se não bastasse um dia disto ou daquilo para inundar os nossos dias de afazeres, pensamentos, curiosidades ou até de piadas… para além de hoje ser o tal dia decretado pela ONU como o Dia Internacional da Felicidade, foi também mais um dia de um eclipse total do Sol, já não se via um há dez anos e o próximo será daqui a onze, ou seja em 2026.

Segundo os entendidos, neste dia em que a Lua se colocou entre o Sol e a Terra, no espaço de 24 horas acontecem três fenómenos para além do eclipse - ou seja, ontem por volta das 19h00, aconteceu o Perigeu; fenómeno em que o ponto de órbita de um astro em torno da Terra, neste caso a Lua, se encontra mais próximo do planeta; a Lua Nova também aconteceu neste dia, que precisamente iniciou um outro fenómeno: o equinócio, o dia em que a Primavera se faz anunciar ainda que muito de mansinho e talvez algo envergonhada.

Todos estes acontecimentos num espaço de 24 horas tem consequências como por exemplo as super-marés, que segundo consta podem ser as mais elevadas do ano.

Dia Internacional da Felicidade, o Eclipse e a Primavera

E quanto a nós? Nós ocupantes deste Universo fascinante que sentimos com todos estes acontecimentos? – Alguma diferença do anteontem ou do ontem? Talvez sim, talvez não dependendo de diversas conjunturas astrofísicas que poderão manifestar-se mais numas que noutras pessoas a dado momento, mas aqui no Sótão da Gina depois desta conversa toda sobre o Dia de Felicidade, do eclipse e da Primavera, ficou um desejo de iniciar aquela limpeza anual da Primavera do costume, para fazer espaço para o bom tempo que virá tanto no Sótão como na nossa alma, para assim a dona felicidade se sentir bem entre nós.  

sábado, 7 de março de 2015

Minimalismo na Arte e na Vida


Nas artes plásticas, na decoração ou na arquitectura há quem aprecie o minimalismo e este foi hoje o tema de conversa no Sótão da Gina que acabou por se alargar também ao minimalismo na vida.

O minimalismo nas artes plásticas, na decoração ou arquitectura é bem conhecido e não apreciado por todos; há quem o ache austero, “acinzentado”, com poucas linhas  e por isso aplicável apenas a gostos diferentes ou de um nicho, porque em contrapartida a grande maioria ainda gosta mais de ter a casa atafulhada de mobília, objectos e bibelots, muitos dos quais sem qualquer utilização. 

Há quem só descubra que tem “tralha” a mais quando faz uma mudança, e nessa altura força-se, com muito custo, a separar o que realmente é útil e lhe faz falta e acaba por deitar fora imensas coisas, mas também há quem seja apaixonado por todo o tipo de colecções disto e daquilo e nunca seja capaz de se separar desses infinitos objectos.

De facto, numa época em que o consumismo continua em alta é difícil que o minimalismo se imponha como o caminho a seguir, o caminho do menos por mais.

Minimalismo na Arte e na Vida

Menos por mais = minimalismo

O minimalismo anula tudo o que considera supérfluo e aprimora a qualidade, assim pode dizer-se que ao abdicar da quantidade, ganha em qualidade. Concentrando-se na verdadeira utilidade dos elementos, cinge-se na simplicidade e conforto básicos.

Desde os anos sessenta que há quem encare o minimalismo como um movimento, mas não indo tão longe, aqui no sótão cremos que a filosofia do minimalismo - abdicar do excesso, do supérfluo ou desnecessário, pode e deve ser aproveitado como um novo mote de vida.

Utilizar menos recursos para o mesmo fim é a filosofia principal do minimalismo, que deve ser urgentemente adaptada à vida real de cada um, que pretenda começar a fazer a diferença seguindo em contrapé do consumismo desenfreado.

Minimalismo na Arte e na Vida

Assim, o minimalismo pode ser utilizado como mote em todas as áreas da vida, incluindo e nunca esquecendo a psicológica – deitando fora toda a “tralha” inútil que normalmente reside e consome a área emocional causando por vezes stress desnecessário, importando-se apenas com o que lhe é verdadeiramente importante.  

Experimente – menos por mais qualidade em tudo o que adquire ou faz e vai ver como se vai sentir mais leve e mais dono de si e das suas escolhas.

Minimalismo na Arte e na Vida

No Sótão da Gina onde as artes nas suas formas mais variadas são presença e companhia constante, a consciência de consumo é também considerada de forma equilibrada e minimalista porque, tanto na arte como na vida, valorizamos muito o que nos acrescenta valor de qualidade, a nós e a quem estimamos.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Nada Mais Importa

Hoje a conversa no Sótão da Gina não tem nada de científico e pode apenas cair na classificação de um mero gosto pessoal, mas ainda assim atenta a reflexão sobre sermos genuínos nas nossas escolhas, tendo em conta, que na verdade nada mais importa.

Nada Mais Importa

O início desta conversa sobre “nada mais importa” deu-se com a pergunta:

- Qual é a música da tua vida?

A anfitriã do sótão que é simultaneamente a autora deste escrito responde de imediato:

- Nothing else matters dos Metallica.

- Por entre risinhos ou comentários do tipo – pois tu gostas de rock e tal… lembrei-me de um amigo que há anos me dizia: - tu estás sempre atenta à letra! Uma verdade.

Diz-se que gostos não se discutem e com toda a razão. Já noutras áreas e outros assuntos aqui retratados refiro sempre a importância do que algo significa para mim ser totalmente diferente para outro, e dai a conversa sobre o que nada mais importa, poder ser para mim  algo bem diferente do que lhe importa a si que me está neste momento a ler.

Nada Mais Importa

Tudo é importante e tudo deve ser respeitado – mais um dos meus motes.


Voltando à música e antes de revelar porque “Nothing else matters” dos Metallica, é a música da minha vida, desengane-se quem não me conhece - não gosto apenas de rock, aliás Metallica nem é rock mas sim metal.

Para aos musicalmente intelectuais quando dou a minha resposta de me considerar ecléctica na área musical, levo logo um erguer de sobrolho ou um olhar por cima dos óculos ou ainda um “hum”.

Na verdade, este ecletismo musical não passa de um mero gosto pessoal, e é tão vasto que tanto gosto de ouvir Cecilia Bartoli ou  Kiri Te Kanawa, como não só os Metallica ou os nossos portugueses  MoonspellExpensive Soul, Berg, Ana Moura ou Jorge Fernando entre tantos outros, alguns até desconhecidos do grande público.

Para mim, e passe a redundância do pessoalmente, toda a música de que gosto tem de me soar bem tanto na melodia como na lírica, tem de me fazer sentir emoções a cada momento que repito ouvir aquele som, não importando o género mas sim a qualidade ao meu ouvido, ao meu gosto.

Regressando agora ao tema de que nada mais importa, revelo que a razão de o tema “Nothing else matters” dos Metallica ser a canção da minha vida, é não só, porque a peça é considerada por muitos entendidos uma obra-prima dos nossos tempos, mas também porque a letra diz-me tudo o que mais me importa, ou seja encontro na sua lírica os meus ideais de sempre e que basicamente se resumem, em saber o que verdadeiramente me importa a mim, exclusivamente a mim, mas unindo-se indubitavelmente, num elo, a todos a quem eu quero e me querem bem .


Nada Mais Importa

No Sótão da Gina a conversa foi animada como sempre, com gostos e razões bem diversos mas deixou um misto de emoções a pairar no ar, quando alguém se lembrava de uma música, que particularmente lhe tocou num certo dia especial e que a deixou a reflectir que verdadeiramente nada mais importa. 
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